quinta-feira, 30 de junho de 2016

Sobre um domingo, saudade e feijoada.



Sobre os domingos, tenho a lembrança de sempre terem sidos os melhores almoços na casa de meus avós. A mesa estava sempre cheia, faltavam cadeiras e espaço na mesa para tanta coisa gostosa. Mas se tinha uma coisa que sempre tinha seu lugar reservado, era a garrafa de vidro 600 ml de cerveja Antárctica do meu avô com um copo de vidro de requeijão do lado. Esses que quando acaba o requeijão, a gente lava e guarda para usar, sabe? Ele nunca precisou de um super copo para a cerveja. E ela também nem precisava estar tão gelada. Ele gostava mesmo assim. Gostava de cerveja! Gostava de comer a casquinha do frango assado que era comprado aos domingos.

Me lembro de um domingo onde nos reunimos e ele comprou feijoada. Como ele gostava de feijoada! Feijoada e cerveja, esse era o coração do domingo. Mas a cerveja primeiro, depois a feijoada. Também contava piadas que eu, que ainda era nova, não entendia. Depois de balançar muito as pernas cruzadas que ele adorava ficar, ele deitava e dormia. 
O que acordava ele era o jogo de futebol do domingo. Não perdia um jogo e se fosse o Palmeiras, a atenção da casa era voltada ao jogo. E ai de quem torcesse contra!
Palmeirense roxo, cervejeiro de carteirinha e um verdadeiro amante de feijoada! 
Me vejo nele, todos os dias. Exceto pelo palmeirense roxo! Ele me fez torcer para o Palmeiras mas não sei o nome de nenhum jogador. 

Ele é a minha figura paterna. Quem me puxava pela orelha, me dava doces e bom princípio de ano novo. Fazia umas pegadinhas maldosas e se divertia horrores com isso.
Hoje, o domingo foi de amor, casa, família e feijoada. 
Talvez ele sinta muito orgulho. 

Todos dariam qualquer coisa por mais um almoço de domingo com ele. Ao som de piadas ruins e som da sanfona ecoando pela casa.

Sentimos saudade!

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