terça-feira, 29 de abril de 2014

Ociosidade de mais, sentido de menos.


E de repente eu acordei com coisas de mais e tempo de menos. 
Comecei a me tornar publicitária por acidente com a cabeça propositalmente no jornalismo.
Deixei o comodismo de um trabalho pra me aventurar com vontade e entusiasmo em outro.

Parei de gritar a cada barata que desfilava por mim e comecei a vestir minha capa de super herói para acabar com ela. Sim! Porque é assim que vejo pessoas que matam baratas: Super heroínas.
Se for daquelas que voam, necessário ter super poderes.

Aprendi que roupas não se lavam e nem se guardam passadas sozinhas na gaveta da gente, como acredita Bart Simpson.
E que depois de um tempo, comer arroz e feijão na casa da mãe da gente, se torna nostalgia. 

Me dei conta de que cheguei em um tempo que se tomar um porre na segunda-feira, vou acordar na quinta ainda de ressaca e vou achar que a morte tá vindo me buscar. E que se eu como uma coxinha a mais, aquela gordura se instala em mim de uma maneira que não era há alguns anos atrás.
Aliás, saudade do bom metabolismo.

Vi que não adianta eu tentar andar mais rápido que o tempo e que tenho tempo pra tudo mesmo sendo sempre tão pouco. Inclusive para novas descobertas, todos os dias. 

Vivo mais ansiosa, comendo de mais e malhando de menos. Tenho um pique inabalável pra voltar pra cama e um lastimável pra vencer o sedentarismo. Mesmo que de 1x0.

Fico pensando que se carro é um filho, não quero ter filhos. Talvez nem mais carro, já que ele me cobra mais atenção e dinheiro do que eu imaginasse. Talvez só viajar o mundo com uma mochila seja um elo com o paraíso. Cadê a época que eu saia de casa com 10,00, voltava do avesso e ainda com dinheiro no bolso?

Tenho sentido mais frio, mais vontade de edredom e filme e menos anseio por barulho e muita gente em um lugar só.

Acho que tô ficando velha. Ou chata. Ou os dois. Ou nenhum deles.
Ou tô aqui só aliviando a ociosidade e atualizando esse blog que parece a minha conta bancária, todo abandonado.

Um comentário:

  1. É sempre tão bom passar por aqui, sempre tão inspirador!
    Preciso desse trecho no meu espelho;
    "Vi que não adianta eu tentar andar mais rápido que o tempo e que tenho tempo pra tudo mesmo sendo sempre tão pouco. Inclusive para novas descobertas, todos os dias." a frase seguida também é uma verdade, mas o próprio espelho já mostra, não precisa ser exposta! rs
    Escreve mais, Rosolen! ;*

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