Depois
de me perder tanto por aí, finalmente encontrei alguém para nos perdermos
juntos e assim nos encontrarmos.
E
as pessoas insistem em dizer que ‘Nossa, tão nova para ser casada’ –
Sim caro leitor. Porque a partir do momento que você junta as escovas de dentes
e dividem o mesmo teto, costumo chamar de casamento. Ou Primeiros meses difíceis.
Ou Dias com vontade de matar o outro. Ou união estável. Ou sei lá como vocês
costumam chamar -. Mas nova eu era quando saí pra balada pela primeira vez.
Quando tomei meu primeiro porre. Quando saia de casa sem hora para chegar.
Amor lá tem hora ou idade certa pra chegar devastando tudo?
Escutamos
tanto ‘Porque morar juntos?’, enquanto a
maioria não se dava conta de que a pergunta não era essa. Mas sim ‘Porque não?’.
Porque
não se temos todos os dias a tal da ‘conchinha’. Temos o encaixe diário de dois
corpos que se encaixam e se completam.
Porque
mesmo quando acordo atrasada pro trabalho, ali do meu lado está o cara que
mudou toda minha vida, e me faz levantar de manhã sem meu tradicional mau
humor, me faz sorrir mesmo com preguiça e sem nenhuma piada. Me acha linda
mesmo com rímel borrado, cabelo bagunçado, cheirando a sono e de cara amassada.
Acho
que para juntar as escovas de dentes e brigar por espaço no guarda roupa a
cumplicidade veio antes do amor incondicional. Não é o sexo incrível. Não é a
ligação apaixonadinha. É a vontade de contar primeiro para ele como foi meu dia.
É estar assassinada de fome, mas esperar ele chegar só para comer junto. É de
manhã a nossa quase mesa da cozinha estar linda com nossos gostos cotidianos. É
dar um beijo com gosto de café antes de trabalhar e querer ficar no nosso
redemoinho de lençóis, travesseiros, indecências...
É
pelas pequenas coisas.
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