terça-feira, 2 de julho de 2013

Conserta ou joga fora?

Rolou por aí um texto que o Brad Pitt escreveu para uma revista contando que passou por uma crise no casamento com Angelina Jolie. Verídico ou não - nunca dá pra gente saber o que é ou não real na internet hoje em dia - segundo ele, a Angelina havia perdido muito peso, não conseguia mais dormir e estava sempre estressada. Um túnel sem saída para o casal queridinho da América.
( Clique AQUI para ler o texto ) Brad conclui seu texto dizendo que “A mulher é o reflexo de seu homem”. 
E pensei: Taí! É isso! Alguns casamentos e/ou relacionamentos acabam e o homem costuma dizer: 'Caiu na rotina. Ela não se arrumava mais... estava sempre de qualquer jeito, cabelos desgrenhados, engordou ( ou emagreceu ) demais, ficou relaxada com o visual e não se produzia toda mais pra mim nem pra ela mesma, nem pra ninguém' entre comentários do tipo. E nessas situações geralmente o cara parte pra outra ou acaba encontrando com outra no meio do caminho.
E cadê homem pra assumir também sua parcela de culpa? 
Não é que nós mulheres somos completamente loucas emocionais, estressadas por qualquer bobagem, sempre inseguras, incompreensíveis e que temos que sempre ter atenção só pra gente. Somos humanas e, vez ou outra, precisamos de alguém amado que nos ajude a ficar de pé, porque nossas pernas estão fracas (e normalmente com uma ou outra celulite, o que não ajuda nunca). Gostamos de ser lembradas, mesmo em pequenos e simples gestos. Mulheres gostam de se sentirem amadas pelo companheiro, desejadas. 
Mulher dá um sorriso mesmo que discreto quando você repara nas unhas feitas ou no cabelo cortado. Sorri discretamente mas por dentro fica irradiante quando você diz que ela está linda. Mulher gosta de elogios, gosta de se sentir especial. Já dizia Luiz Fernando Veríssimo: 'Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!'

Escutei no filme 'Minha mãe é uma peça' a coisa mais sábia de todos os tempos sobre relacionamentos. Dona Hermínia diz que hoje as pessoas trocam, e que antes elas consertavam. 
Hoje as pessoas não estão mais dispostas a ceder, 'consertar', tentar se entender, mudar, fazer dar certo. Trocar de companheiro (a) parece muito mais prático. Relacionamento, em outra época, era uma via de mão dupla. Um cedia de um lado, o outro cedia do outro.
Hoje em dia, convivemos com tolerância zero e ao mesmo tempo precisamos ter tolerância máxima. Nos preocupamos enquanto o outro liga o "foda-se" no talo. Precisamos saber a medida exata do que é dar atenção e do que é pegar no pé. Vivemos na interrogação:perguntar, agora, ofende. Vivemos na corda-bamba. Na era dos relacionamentos efêmeros. De pessoas que querem se relacionar apenas com o nosso melhor. De gente que não tolera defeito. Que nos dá cartão vermelho na primeira falta. Somos expulsos antes de cometer uma falta grave.
Relacionamento, hoje, é jogo. O ruim é que as pessoas não querem apostar alto mais. Elas não consertam, jogam fora.


Amar não é contrato. Amor não termina com nossos defeitos.


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