quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A arte de ser gente grande


Sabe a arte de ser gente grande?
Ter de acordar cedo, se arrastar da cama até o chuveiro ainda enrolada na minha coberta de pêlo (aquela que ataca a rinite), deixar ela jogada na porta do banheiro, escolher uma roupa, passar algum tipo de reboque cor bege claro na cara para disfarçar a olheira e vontade de voltar pra cama, fazer o próprio café e sair para trabalhar.

Enfrentar o trânsito caótico da manhã que tá todo mundo indo para o trabalho, ouvindo as notícias da manhã ou uma música para começar o dia mais parecendo mortos vivos em total estado vegetativo.
O sol começa a dar um bom dia meio tímido enquanto o frio ainda faz majestade. Acabei de comer e já tenho fome, já me transbordei de café e continuo perdendo de w.o. do sono. 

Primeiro dia no trabalho novo e sou a novata que é olhada por caras feias como quem gritam: Essa piranha veio roubar o meu emprego! 
Aquele frio na barriga conhecido e aquela vontade de gritar minha mãe. Estranha essa vontade de querer a mãe da gente em situações desconhecidas, hein?!

Meus olhos doem porque carregam quilômetros de areia dentro deles. É o sono ainda me dando bom dia. É a minha vontade de acordar e já querer dormir de novo. 
Sério que hoje ainda é quarta-feira? Ou já? Levando em consideração que já estamos na Prima Vera. 
E por falar em tempo, esse senhor que deve ficar sentado em uma mesa cheio de coisas para resolver, essa corrida contra o tempo é consequência da arte de ser gente grande? E vivemos a mercê da rotina? Quando eu passava o dia sentada no sofá já cansado da minha mãe tendo overdose de Turma da Mônica em fita vhs o dia parecia se estender um pouco mais.

Estou como os motoristas da manhã, ainda em estado vegetativo. Pensamentos ainda bagunçados e meio adormecidos. 
Em outras palavras, cadê o coelho da Monica pra salvar o meu dia?

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