Bom dia

É segunda-feira, a bitch da semana e começa tudo outra vez. Acordo de um sonho estranho e sem ressaca, ao contrário da manhã anterior, e puxo a cortina para ver como está o dia. Enrolada em meio ao meu cobertor de pêlo que senpre ataca minha rinite e com o ventilador fazendo frio pelo quarto, meu despertador decide que preciso levantar. Já são quase onze horas e não posso atrasar para o trabalho das 13.

Com a sensação de areia no olho, vou cambaleando feito zumbi alcoolizado até o banheiro, olho pra aquela cara inchada e de poucos amigos e para dar aquela vontade súbita de voltar para o quarto e não sair de lá, tem uma espinha que mais poderia ser chamada de Monte Everest em Fúria. O dia mal começou e Que Dia! Ligo o chuveiro e fico imóvel esperando que shampoo caia sobre minha cabeça e vivo à espera de um milagre. 

Preciso de uma roupa para trabalhar e em meio à uma pilha de roupas esperando para serem passadas há dias, vou até o guarda roupa e pego uma blusa de frio para um dia de calor. É o que tem. O cachorro me dá uma lambida na cara e uma mordida no nariz como quem me dá bom dia, vamos acordar. 

Preciso terminar de me arrumar , a cama me olha e ploft! Por favor, só mais dez minutinhos...

Mal humorada ao acordar, quero silêncio e nada de conversa. Até mesmo o cachorro é proibido de tentar comunicação. Esperava que um café se fizesse sozinho e surgisse um croissant quente e delicioso a minha frente.
Assim continuo minha busca incessante por sobrevivência nessa segunda-feira, a semana ainda tem muito por vir enquanto eu só queria mesmo era ir. Para longe, para qualquer lugar.

Ainda irei até o trabalho com minha coberta de pêlos que ataca minha rinite. Estou acordando agora. Em outras palavras bom dia.