Estava em uma festa hoje - daquelas do tipo: Opem bar, perca sua dignidade. Nunca soube sair dessas festas do jeito que entrei - e encontrei com um ‘ex alguma coisa‘ (quando o cara não foi namorado mas também foi alguma coisa, é melhor abrir aspas no ex).
Passamos horas conversando e rindo. Hora de ir embora trocamos algumas mensagens e mencionei em uma delas, o quanto já havia gostado dele. É realmente estranho - não tenho certeza se é estranho a palavra que eu queria usar para me expressar - você passar um tempo da sua vida apaixonada por alguém, dormindo e acordando ao lado dessa pessoa, e o tempo passar e mudar tanta coisa, mas ao mesmo tempo ter a sensação de sempre. Aquele carinho. Aquele aconchego.
Ele me disse que também gostou muito mas que sempre achou que eu não queria nada com nada.
Então minha cabeça entrou em conflito comigo mesma. Nós às vezes afastamos as pessoas sem nem ao menos se dar conta disso.
Criamos um auto defesa contra relacionamentos e pessoas, que hora ou outra deixamos passar alguém que a gente gosta de verdade e que poderia fazer dar certo.
Sou feminista e acho relacionamentos algo muito complexo.
Fazer piadas sobre relacionamentos vai me afastar de ter um sempre, será?
O que se diz é que no meio disso tudo, uma alma sempre reconhece a outra de imediato...
Isso me faz crer que então o que falamos se torna supérfluo.
Posso até encontrar alguém que pense as mesmas bobeiras que eu, mas que quando estivermos juntos vamos ser um mundo inteiro.
Temos medo de tentar, mas às vezes acontece de você não sentir e simplesmente cair de cabeça naquilo.
O pior que pode acontecer é dar errado. Mas se a gente não fizer, não temos como saber.
Melhor não esperar o tempo passar para falar ‘eu gostei‘.
Melhor usar o ‘eu gosto e quero você comigo‘.
Poderíamos estar juntos até hoje, mas prefiro pensar que tinha de ser assim. Afinal, ando sorrindo tão gostoso, com o coração tão feliz.
Larissa Rosolen
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